O que é uma plataforma off-shore
Classifica-se como off-shore a extração de petróleo ocorrida em plataforma não-continental (no mar), em contrapartida com a infraestrutura on-shore (em terra).
Geralmente as plataformas desse tipo de estrutura são construídas longe da costa. Os custos desse tipo de empreitada atingem centenas de milhões de dólares.
Abaixo estão listadas quais são os tipos de plataformas off-shore utilizadas atualmente:
Plataforma fixa - o projeto dessa plataforma enfrenta o desafio da exploração offshore da maneira mais direta e industrial. Para compreender o volume de material envolvido em um projeto submarino como esse, considere que elas operam a cerca de 450 metros de profundidade. As plataformas são extremamente estáveis, apesar de sua base de concreto não estar fixada ao piso do oceano. Ela simplesmente fica no lugar devido ao peso imenso que sustenta. Mas em profundidades superiores a 450 metros esse formato deixa de ser prático em função dos custos de materiais.
Detalhes da plataforma fixa |
Torre flexível - essas plataformas tomam a idéia básica das plataformas fixas e as tornam viáveis para operação entre os 450 e os 900 metros de profundidade. O projeto torna possível essa façanha ao utilizar uma torre de aço e concreto mais estreita. Mas enquanto as plataformas fixas são rígidas, as torres flexíveis são concebidas para oscilar com as forças do vento e do mar - e até mesmo dos furacões. Nesse sentido, assemelham-se aos arranha-céus modernos, construídos para oscilar com o vento.
Plataforma Sea Star - é basicamente uma versão ampliada do projeto semi-submersível. As instalações de produção ficam no topo de um grande casco submersível, em uma torre. Quando a porção inferior do casco se enche de água, ele afunda e oferece estabilidade enquanto mantém as instalações superiores elevadas e secas. Mas em vez de ser fixada ao piso do oceano por âncoras gigantes, a Sea Star é fixada por pernas tensionáveis, que são tubos longos e ocos que se mantêm rígidos o tempo todo e que impedem que a plataforma se mova na vertical. As pernas são flexíveis o suficiente para permitir movimento lateral, o que ajuda a absorver o desgaste das ondas e do vento. Essas plataformas operam em profundidades de entre 150 e mil metros e são normalmente utilizadas na exploração de reservatórios menores em águas profundas.
Exemplo de plataforma sea star |
Sistema de produção flutuante - essas plataformas tomam a forma de plataformas flutuantes semi-submersíveis ou de navios de perfuração. A idéia básica desse conceito é que, quando o poço for perfurado, boa parte do equipamento de produção pode ser montado no piso oceânico e o petróleo bombeado à superfície por meio de ascensores flexíveis. Enquanto isso, a plataforma ou navio fica em posição com suas âncoras ou um sistema dinâmico de posicionamento. A abordagem permite que as empresas petroleiras atinjam profundidade da ordem de 1.800 metros.
Detalhes de um sistema de produção flutuante |
Plataforma de pernas de tensão - essa plataforma representa essencialmente versão ampliada da Sea Star, mas as pernas de tensão se estendem do leito do mar para a plataforma. Ela passa por mais movimento horizontal e certo grau de movimento vertical, mas permite que as empresas petroleiras perfurem em profundidade de até 2,1 mil metros.
Plataforma de pernas de tensão |
Sistema submarino - essa abordagem toma a idéia de montar o cabeçote do poço no leito do mar e a aplica em profundidade ainda maior - mais de 2,1 mil metros. Depois que o poço é escavado por uma plataforma de superfície, os sistemas automatizados de transferência conduzem o petróleo e o gás natural até as instalações de produção, por meio de ascensores ou de oleodutos submarinos.
Plataforma submarina da Petrobras - P 49 |
Plataforma de longarina - por fim, se for preciso escavar um buraco em profundidade superior a três mil metros, a escolha mais adequada é a plataforma de longarina. Com ela, a plataforma de escavação fica no topo de um gigantesco casco cilíndrico oco. O extremo oposto do cilindro se estende 213 metros abaixo da superfície do oceano. Embora não chegue ao piso oceânico, o peso do casco estabiliza a plataforma, e uma rede de cabos e linhas se estende do cilindro para fixá-lo ao leito do oceano, por meio de um sistema catenário lateral. O conjunto de perfuração desce por dentro do cilindro e, de lá, até o piso do mar.
Pode-se observar, portanto, que existem plataformas diferenciadas para cada operação de extração de petróleo e que a escolha de determinado tipo vai depender do objetivo da empresa petrolífera.
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